Gatabaia

"Se procurarmos a verdadeira fonte da dança e nos virarmos para a Natureza verificamos que a dança do futuro é a dança do passado, a dança da eternidade, que sempre foi e será a mesma." Isadora Duncan (1878-1927)

25 fevereiro 2008

Pés dados

Fui céptica, num ir com todos e pensar como todos: seria, talvez, a última oportunidade de o ver. Pessoalmente não gosto do Pavilhão para este género de espectáculos, o som perde-se e massifica-se. Não deixou de ser divinal. Fiz déja vu aos momentos de embirração com as preferências musicais dos meus pais, ao espectáculo que vi, dele, com os meus pais, ao sentimental romantismo adolescente de bilhetinhos versitos e coraçõezitos a satitar e, ainda ao tempo em que aprendi a apreciar os atributos musicais e poéticos de Charles Aznavour. Fiz a catarse de muitos dos anos que tenho. Foi divinal ouvi-lo. Foi divinal radiografar-me. Foi divinal a pontita de saudosismo que me trouxe até casa.
Mantenhas

22 fevereiro 2008

Clip's


E eras assim ... Por que não deste
um raio, brando, ao teu viver?
Não te lembrava. Azul-celeste
o céu, talvez, não pôde ser ...
Mas, ora! Enfim, porque não deste
somente um raio ao teu viver! a)

A Paz


01 fevereiro 2008

Ismo's

Esta ânsia de encontrar ou reencontrar a razão de existir afasta-nos, na razão inversa, de nós próprios. Cabalmente fazemos da Vida um 'ismo' constante e desde a acção ao pensamento 'ismamos' tudo. Na vaga das modas ou de inquietações interiores fazemos gato sapato em nome da evolução. Seja ela qual for: espiritual, social, material; as atrocidades praticadas são sempre salvaguardadas em nome das conjecturas do sujeito que as pratica.
As barbáries terroristas de hoje em nada diferem de muitas outras que existiram. Em nome da fé, da abolição da escravatura, de reivindicações várias e de insanidades múltiplas, que atravessaram os séculos, que são e sempre foram pretexto para utilizarmos a força e libertarmos a besta que todos nós albergamos.
Este o ser racional e pensante que somos, superiores a todas as outras espécies e que já alguém augurou a sua extinção por mão própria.
Xanana Gusmão disse ao mundo que perdoou.