Gatabaia

"Se procurarmos a verdadeira fonte da dança e nos virarmos para a Natureza verificamos que a dança do futuro é a dança do passado, a dança da eternidade, que sempre foi e será a mesma." Isadora Duncan (1878-1927)

25 julho 2007

Es Passo



Da admiração pelos sítios onde me levam, fisica ou mentalmente.
Pelo sentido que lhes dou, objectiva ou subjectivamente.
Por neles ir parar ou pairar invariavelmente pelos e nos cinco sentidos.
Por tudo o que eles me ajudam a transpôr.
O Joseph, sabendo disso, provoca-me assim um esgar de espanto por pés.
Terrificamente deliciosa a forma como se ultrapassam barreiras.
Tudo o que existe está-nos. Tenhamos espaço para fecundá-lo.
O Ser Humano é linnnnnnnnnnnnnnnnndoooooo.

Passo mantenhas

24 julho 2007

Mel a dias


De onde vieste tu inundar-me de vida,
noite, sonho feito mar, fogo renascido,
fonte de horizontes em água,
de que deserto em linha
me inundas a ampulheta da Vida.
Tempo a pulsar-me.
Luis Represas a fazer-me presa do tempo.
Sem pressa.
'Por detrás de estarmos a escutar há aquilo
que se subtrai à escuta
ainda. E entrega, no entanto, o indício
da sua iminência oculta.
Tende a atenção para esse ponto implícito
que a polariza. Se furta
e, ao mesmo tempo, abre um vagar de limbo
aonde venha desenvolver a música
a univocidade de sentido.
A irredutível lucidez da curva
em que se irá a melodia abrindo
para arrastar atrás de si a escuta.' a)
Epiphanicas mantenhas

23 julho 2007

Cem acções

É. São as sensações. Liga o computador! Abre correio ... hum, vamos adivinhá-lo ... Convites relatórios memorandos ... desdenho o café pela asneira que o impulso me levaria a fazer. Doida. Não. Mas surpresa pela altercação dos três ou quatro dias. A vontade de trocar e voltar à hora do olhar. Sim é isso. E trocar os pés revisitados pelas mãos revoadas nos recantos encantados de malas temperadas de temporadas em mim de olhar fixo no movimento da vida nesta barreira flutuante do bom das coisas simples e puras que me fazem gente. Mesmo com o fidalgo de pernas curtas e eu de pés pelas mãos em forma de libertação. De madrugada liberto-me para ser orvalho.
Cacimbas mantenhas

03 julho 2007

Bem Sonhar


Sonho a cores। Que os sonhos são a preto e branco! Falso, porque eu sonho a cores। fortes, diga-se a bem da verdade. Vermelhos. Laranjas. Os meus sonhos têm cores vivas de Vida. Tão vivas que parecem vivos, os meus sonhos. As cores dos meus sonhos matizam-me de sensações e é nas pregas dos sonhos verdes fortes que poiso a almofada que trago na alma e é na acutilância do brilho branco dos meus sonhos que purifico as inquietações dos meus sonhos maus.

Nuvens de mantenhas

02 julho 2007

Clara Idade



Claridade sem saudosismos sem paternalismos com a rudeza da verdade crua e sempre desnudada por olhos sensíveis a imortalizar momentos abanados por brisas de esperança nos pedaços das dez ilhas cuspidas da profundeza dos mares na impossibilidade de digerir tanta e demasiada beleza pérfida. Cabo Verde sofregamente sentida por quem passa e visceralmente entranhada em quem vive.
Mostra de Cabo Verde.
Pele de galinha só de espreitar.
Coraga pâ oiál tud!

10 salpicos de mantenhas