Gatabaia

"Se procurarmos a verdadeira fonte da dança e nos virarmos para a Natureza verificamos que a dança do futuro é a dança do passado, a dança da eternidade, que sempre foi e será a mesma." Isadora Duncan (1878-1927)

24 maio 2006

Jantei com os pés ...


... não! Jantei a sonhar com os pés ... não, ouvi ontem ao jantar uma expressão que me deixou debilitadamente deliciada, ou seja deu-me na fraqueza: Sonhar com os pés é dançar. Ontem ao jantar, assim,! ouvi e fiquei a pairar no meu sonho personalizado na(s) música(s) de fundo, para não meter os pés pelas mãos!

Eu ando meio cansada ... hum, meio não: TODA! Todinha cansada, dos cabelos à medula dos neurónios, de tantas mesmices.

... opiniões que não mudam, falta de personalidade, promessas, moralismo, rótulos, preconceitos, incoerências, ignorância, utopia, pré julgamento ...

E os medos? Nós com os medos todos do mundo às costas, medo de viver, de sentir, de me arrepender, de falar, de falhar, de pedir, de mudar, de assumir, de não nos preocuparmos, de me preocupar de mais, de desculpar, de perdoar, de deixar passar...

Há dias assim a contrapôr os outros, em que é necessário pôr a alma em dia, mas inicio sempre com um desarrumar redutor ao mau que, invariavelmente me provoca náuseas sedutoras de me fazerem renascer das cinzas de mim.

E é bom, renascer descalça em mim.
Bom dia de facto e t'shirt!

18 maio 2006

Com passo de ...



... tempo. Nhõ Baltaz apresentou-me Godot num dos lapsos temporais que eu insistentemente ia tendo ás sabáticas aulas de francês. Nome de palhaço inventado naquele instante pelo prodigioso professor que desaproveitei. Nem rico nem pobre mas triste por certo. E invenção do professor. Parvo! Sermão feito não chegou a saber que tinha saído de novo janela fora com godot embrulhada em dúvidas do sítio onde o catalogaria e guardaria. Nunca o guardei. Descobri-o e redescobrio-o vezes sem conta com nhõ Baltaz com Beckett comigo. Um palhaço que dançava ao som do compasso de espera que o tempo lhe infligia. Numa balbúrdia babélica de silêncios e palavras.

16 maio 2006

O gesto ...



... é tudo! Na inconsciência do ritmo intensamente agudo e inspirado numa intenção bestial de viabilizar o marco vivo do estético Eu. Subtilmente grave.

Em que panóplia nos dissecamos a cada um gesto feito simulado ensaiado agredido discorrido. Resumo-me ao gesto ao movimento de mim mesmo que queda e aparento a dança que faço com no e do mundo.

Prazenteio-me nas sensações inquieto-me nas ilusões de coreografar pensamentos rápidos e contundentemente paralizantes no espaço de uma fermata, que o não tem.

O não movimento tem um ritmo alucinante. Danço-o.

15 maio 2006

Bruxela mente dançante ...



Brown substituirá Blair ... será que em Bruxelas saberão Brasil?
Irão pelo desleixo do Mundo? Danço assim em ? B's de balões ?
presos por um único final ponto ténue entre o chão e o vôo.
Faço da vida danças manhãs.

10 maio 2006

A minha alma transpira ...



... e eu danço!
De pés descalços em palavras francas e
divertidas com entrelinhas a arco íris sublinhadas.
Dança poro de alma transpirado. Aprendo-me sempre, bem e mal, palmilho-me.