Gatabaia

"Se procurarmos a verdadeira fonte da dança e nos virarmos para a Natureza verificamos que a dança do futuro é a dança do passado, a dança da eternidade, que sempre foi e será a mesma." Isadora Duncan (1878-1927)

29 agosto 2007

Pnyx


Este mundo confuso e exigente seja aos olhos dos jovens desbaralhado e simplificado pelo convívio e pela Palavra.
A partilha em Montorso os una na oração, os fortifique e amadureça espiritualmente de modo a que sejam o exemplo vivo do Amor de Cristo. Que entendam que os dez mandamentos não são um chorrilho de proibições ou nãos mas um enorme sim ao amor e à vida, acolhendo e aceitando aquela Verdade que a nossa mente não pode compreender até o final e não pode possuir, mas nos permite alcançar o Mistério em que estamos imersos e encontrar em Deus o sentido definitivo da nossa existência.
Loretas mantenhas

28 agosto 2007

Degustar

A gosto do gosto ou a contra gosto do desgosto Agosto entra por Setembro dentro sem sombras de dúvidas à revelia das gentes que perpetuariam o verão mesmo que tecnologicamente. Senão vejamos. Outono, hum, só pronunciar provoca nostalgia e antevê-se o amarelacastanhado das folhas à brincadeira com ventinhos rentes a triciclos e a miúdos bronco ranhosos e às folhas dos livros virando-as dolentemente antes de tudo. Antes de degustar Agustina entre gostosos desgostos. Antes de sacudir cobertores e coberturas. A 26 de Agosto com sorte banhámo-nos nas águas do Atlântico com súplicas de sortes desejadas assim tipo Ano Novo em que, afogados em azul-bebé e pedidos impossíveis, adiamos frustrações para meados de Fevereiro em diante, que é como quem diz: Passou mais um ano! E, como a pele que sofre horrores às consecutivas dietas às gorduras doces e afins, temos uma vida encarquilhada de adiamentos e avanços ao sabor do sol e das chuvas. No ar os bilhetes do nosso pulsar são esquecidos na estrada de Beckett, com imensa espera. De nós.

Confronto de gerações. Eu tive, tu sofreste, ele viveu, nós passámos, vós assistis, eles perdoaram. Comum é mesmo o verbo esquecer. Eu esqueço tu esqueces ele eles nós e vós, todos. E repetimos, o que eles já repetiram aos pais. O fiel da balança desequilibra-se ao menor olhar. A consciência de nós é cruel pela ausência. A pseudo consciência de nós é cruel pela insistência. Como disse Agustina Bessa Luís Novo Ano mas não nova Vida.

Gustativas mantenhas

27 agosto 2007

Com sumo ir

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Antes de recolhida. Sem intenção. Apercebera-se estar recolhida quando seus os passos tropeçaram no piso desnivelado. Aí sentira o frio da noite banhado pela ponte ao longe numa paisagem noctívaga povoada de luzes e fantasmas de sombras em cores tremidas no rio. Percebeu que tinha aberto a alma aos sons e a pele ao cheiro intenso a maresia. Entrou pelos pensamentos adentro e estremeceu. Precisava. Periodicamente necessitava daquele banho de energia. Desconcertante. Nunca tinha compreendido apesar de ser uma verdade incontornável. Incursões a si. Sem saber bem como aprendera a curar a alma num ritual que a implodia e fortificava de forma estranha. E as tristezas do mundo prenhes de maldade a esvaírem-se com o peso terrível dos grãos de areia por entre os dedos dos pés. Primeiro a resistirem e a misturarem-se com o sal molhado e frio. Depois a sucumbirem uns atrás dos outros. Os grãos. A encherem as ampulhetas da vida em uníssono com dez teimosos dedos a tocar a partitura. No silêncio breu as narinas salgam todos os sentidos e estendem-se e embrulham-se e multiplicam-se nas profundezas renascendo a aromatizar a superfície respirada a pleno ... ou depois!

Dia por ama. E porque não. A medir o Prado onde os Coelhos do Eduardo existiram. Uma área imensa a das coisas mais simples com as quais fazia ocasiões e opiniões inteligentes bonitas de ler. Sabe agora que o mais tarde das sete rosas faz-se cedo e agora pois tem a plenitude do tudo. Faz-lhe agora parte. A cultura de nojo.

Para além das mantenhas

17 agosto 2007

Ballet's Vernis Age



Na agonia de não ter morrido, ficaram cinzas de vida na braseira a incubar futuros algures. Tinha-lhe sido adiada a morte. A morte, há tanto anunciada, esperada, agora era adiada. Uma vez mais. A mesma. Encarnada há muito numa distante sala de espera. Tinha tomado e interiorizado o veredicto como seu na negação da verdade. Mas fora adiada. A morte. Uma semana. Mais uma semana como que a última oportunidade para o luto a uma morte negada ao passado. E fechara a cortina entreaberta no quarto do século pendurada na sanefa em forma da Lua.

Lua
Fica cumi más um póco
Dixam lambuza na bô

Lua cheia lua noba
lua radonda lua cambanti

Luzidias Mantenhas

16 agosto 2007

DoReMi



Dançar é sentir. Sente!

Sentir é sofrer. Sofre!

Sofrer é amar. Ama!

Tu amas, sofre e sentes. Dança!

Isadora Ducan

Solfejadas Mantenhas

14 agosto 2007

Sorve'ts



Os sons lindos de algumas almas.

A música na Natureza.

Os compassos do Ser.

Estrondosos ecoam e insistem em fazer-nos pequeninos.

O bonito que tanto perseguimos e ao lado do qual despercebe-mo-nos.

Desatenta envergonhada e desdenhosamente.

Esperança de ter inteiras e todas as cores da Vida.


Frescas Mantenhas